Você já ouviu falar em sepse? Também conhecida como infecção generalizada, essa condição pode parecer distante da realidade da maioria das pessoas — mas a verdade é que ela é mais comum (e perigosa) do que parece. A sepse ocorre quando o corpo tem uma resposta desregulada a uma infecção, desencadeando uma inflamação generalizada que pode levar à falência de múltiplos órgãos e até à morte, se não for tratada rapidamente.
Segundo dados do Instituto Latino-Americano da Sepse (ILAS), só no Brasil são registrados mais de 600 mil casos por ano, com uma taxa de mortalidade que pode ultrapassar 50%, dependendo da gravidade e da agilidade do diagnóstico. É por isso que conhecer os sinais de alerta e agir rápido faz toda a diferença.
Como a sepse se desenvolve?
A sepse começa a partir de uma infecção localizada — que pode ser pulmonar, urinária, abdominal, de pele ou até mesmo decorrente de feridas cirúrgicas. Em vez de combater a infecção de forma controlada, o sistema imunológico do paciente entra em “modo de ataque total”, liberando substâncias que causam inflamação generalizada.
Esse processo afeta os vasos sanguíneos e reduz o fornecimento de oxigênio aos tecidos e órgãos. Em casos graves, pode evoluir para choque séptico, uma condição crítica que compromete ainda mais o funcionamento dos órgãos e pode ser fatal.
Quais são os sintomas da sepse?
Os sintomas da sepse podem variar, mas costumam aparecer de forma rápida e incluem:
- Febre alta ou temperatura muito baixa
- Respiração acelerada
- Queda da pressão arterial
- Batimentos cardíacos acelerados
- Confusão mental
- Fraqueza intensa
- Diminuição do volume de urina
Se o paciente apresentar algum desses sinais após uma infecção recente, é fundamental buscar atendimento médico com urgência. Quanto mais cedo o tratamento começa, maiores são as chances de recuperação.
Quem tem mais risco?
Embora qualquer pessoa possa desenvolver sepse, alguns grupos estão mais vulneráveis:
- Idosos
- Recém-nascidos
- Pessoas com imunidade comprometida (como pacientes oncológicos ou transplantados)
- Portadores de doenças crônicas (diabetes, insuficiência renal, doenças cardíacas)
- Pacientes hospitalizados, especialmente em UTI
- Esses grupos precisam de atenção redobrada após qualquer infecção ou procedimento médico, já que a sepse pode surgir de forma súbita.
Como é feito o tratamento?
O tratamento da sepse deve ser imediato, pois cada minuto conta na recuperação do paciente. Ele geralmente envolve a administração rápida de antibióticos intravenosos, fundamentais para combater a infecção, além da reposição de líquidos para manter a pressão arterial e garantir que os órgãos recebam oxigênio suficiente. Esse processo costuma ser acompanhado de perto por meio de monitoramento contínuo em ambiente hospitalar, muitas vezes em unidades de terapia intensiva (UTIs), onde há recursos avançados para lidar com complicações.
Em casos mais graves, o suporte ventilatório pode ser necessário para ajudar na respiração, já que a sepse pode comprometer os pulmões. Além disso, quando há falência renal, a hemodiálise pode ser utilizada para auxiliar na filtragem do sangue e evitar maiores danos ao organismo. Outros cuidados de suporte, como medicamentos para estabilizar a pressão arterial e controle rigoroso de glicemia, também podem ser adotados de acordo com a evolução clínica do paciente.
A importância da prevenção
A melhor forma de evitar a sepse é prevenir infecções. Algumas atitudes simples podem fazer toda a diferença:
- Higienizar corretamente as mãos
- Vacinar-se conforme as recomendações médicas
- Tratar infecções com orientação profissional (evite automedicação!)
- Cuidar bem de feridas, principalmente em pacientes acamados
- Seguir os protocolos hospitalares de assepsia
Manter o corpo saudável, o acompanhamento médico em dia e buscar ajuda diante de qualquer sinal suspeito são medidas fundamentais para afastar esse risco silencioso, mas perigoso.
Fique atento aos sinais!
A sepse é uma emergência médica. Saber reconhecer seus sintomas e agir com rapidez pode salvar vidas — inclusive a sua. Cuide da sua saúde com atenção e, sempre que necessário, procure apoio médico. Estar bem informado é uma forma de proteção.
Quer saber mais sobre outros temas que impactam sua saúde e bem-estar? Leia também nosso blog sobre colesterol alto!
Na UniCor, você encontra cuidado, acolhimento e informações de qualidade para manter sua saúde em dia. Acesse nosso site e conheça nossos planos!