O câncer de mama é o tipo mais comum entre as mulheres brasileiras e uma das principais causas de morte por câncer no país, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA). Apesar de muitas pessoas associarem a doença apenas à maturidade, a verdade é que não existe uma idade específica para que o câncer de mama aconteça. Ele pode surgir tanto em mulheres mais velhas quanto em jovens adultas — e, em casos mais raros, até em homens.
Entender os fatores de risco, os sinais de alerta e a importância da prevenção é essencial para garantir o diagnóstico precoce e aumentar as chances de cura.
O que é o câncer de mama?
O câncer de mama ocorre quando há uma multiplicação anormal das células da mama, que formam um tumor. Esse tumor pode ser benigno ou maligno, e, no caso maligno, tem o potencial de se espalhar para outras partes do corpo.
A doença se desenvolve, em geral, de forma lenta e silenciosa, o que torna o autoexame e os exames de imagem regulares fundamentais. Quando identificado no início, o câncer de mama tem taxas de cura que ultrapassam 90%.

Existe uma idade mais comum?
Sim, mas isso não significa exclusividade. A maioria dos casos de câncer de mama ocorre em mulheres acima dos 50 anos, especialmente após a menopausa, por conta das mudanças hormonais e do envelhecimento celular.
No entanto, o número de diagnósticos em mulheres jovens, entre 20 e 40 anos, vem aumentando. Nessa faixa etária, os tumores costumam ser mais agressivos e de crescimento mais rápido, o que reforça a importância da atenção aos sintomas e da realização de exames mesmo antes dos 40 anos, especialmente em quem tem histórico familiar da doença.
Homens também podem desenvolver câncer de mama, embora o número de casos represente menos de 1% do total.
Principais fatores de risco
Diversos fatores podem aumentar as chances de desenvolver o câncer de mama — alguns são genéticos, outros estão relacionados ao estilo de vida. Entre os principais, estão:
- Idade acima de 40 anos;
- Histórico familiar de câncer de mama ou ovário;
- Alterações genéticas hereditárias, como mutações nos genes BRCA1 e BRCA2;
- Exposição excessiva a hormônios, como terapia de reposição hormonal prolongada;
- Obesidade, principalmente após a menopausa;
- Consumo frequente de álcool;
- Sedentarismo;
- Primeira gestação tardia ou ausência de gravidez.
Vale lembrar que ter um ou mais desses fatores não significa que a pessoa terá câncer de mama. Eles apenas indicam maior probabilidade, reforçando a importância da prevenção e do acompanhamento médico.

Como identificar sinais de alerta
O corpo costuma dar sinais de que algo está errado — e reconhecê-los pode salvar vidas. O autoexame continua sendo uma ferramenta importante de autoconhecimento corporal, mesmo que não substitua os exames clínicos e de imagem.
Os principais sintomas de alerta incluem:
- Presença de caroço (nódulo) na mama ou na axila;
- Mudança no formato ou tamanho da mama;
- Alterações na pele, como retrações, ondulações ou vermelhidão;
- Saída de secreção pelo mamilo, especialmente se for com sangue;
- Dor ou sensibilidade anormal na região das mamas.
Ao perceber qualquer um desses sinais, é essencial procurar um médico imediatamente para uma avaliação mais detalhada.
Diagnóstico e prevenção
O diagnóstico precoce é o principal aliado na luta contra o câncer de mama. Exames como a mamografia, o ultrassom das mamas e a ressonância magnética são fundamentais para identificar alterações ainda em fase inicial.
A mamografia é recomendada para todas as mulheres a partir dos 40 anos, conforme orientação do Ministério da Saúde, e deve ser feita anualmente. Já aquelas com histórico familiar da doença podem precisar iniciar o rastreamento mais cedo, sempre sob orientação médica.
Além dos exames, adotar um estilo de vida saudável é uma forma eficaz de prevenção. Isso inclui manter o peso corporal adequado, ter uma alimentação equilibrada, praticar atividades físicas regularmente, evitar o consumo excessivo de álcool e não fumar.

Câncer de mama e juventude
Apesar de mais raro, o câncer de mama em jovens exige atenção especial. Nessa fase da vida, os tumores costumam se desenvolver de maneira mais rápida, e muitas mulheres não desconfiam dos sintomas por acreditarem estar fora da “faixa de risco”.
Por isso, campanhas como o Outubro Rosa reforçam a importância de que todas as mulheres, independentemente da idade, conheçam seu corpo e adotem hábitos de prevenção desde cedo. A informação é o primeiro passo para o cuidado — e o segundo é a atitude. Procurar o médico regularmente, realizar exames preventivos e estar atenta aos sinais do corpo são práticas que podem fazer toda a diferença.
O câncer de mama não escolhe idade, e a prevenção deve começar agora. Ter um plano de saúde de qualidade garante acesso rápido a consultas e exames, o que é essencial para diagnósticos precoces e tratamentos eficazes.

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